Olá amores, como estão?
Terceiro livro da série Os Bridgertons, 'Um perfeito cavalheiro' é uma releitura do conto de fadas Cinderela. Protagonizado pelo Bridgerton número dois, Benedict, Julia Quinn soube recriar muito bem a história, mantendo toda a base do famoso conto de fadas mas com novidades nos detalhes e uma incrível forma de escrever que nos prende e me fez perder a noite de sono, tudo com a terrível desculpa de só mais um capítulo.
Violet, matriarca da família, quer ver toda a prole bem casada. Com intenção de arrumar bons casamentos para seus filhos fornece um baile de máscaras durante a temporada de 1815. Fugindo das mães casamenteiras, Benedict, que sonha com um casamento cheio de amor como o de seus pais, conhece uma jovem misteriosa. Sophie, com a ajuda dos criados, aproveita a oportunidade para poder ir ao seu primeiro e provavelmente último baile, e a máscara permite manter a identidade sob sigilo.
Benedict sofre por ser o número dois. Se sente sempre abaixo do irmão mais velho, Anthony, que herdou o título de visconde, e sem o brilho do irmão mais novo, Colin, com a sensação de ser somente mais um bom pretendente, não importando quem ele realmente é. Ao conhecer Sophie, pela primeira vez ele se sente único, não a sombra de seus irmãos, o que o faz acreditar ainda mais em um futuro relacionamento. A noite juntos é incrível e cheia de amor e cumplicidade, com direito a primeiro beijo e saída as pressas a meia noite.
Ela só não contava com o fato que se apaixonaria pelo gentil cavalheiro com quem nunca poderia manter um relacionamento. Sophie, apesar de bem criada, é bastarda de um conde. Criada por ele, era apresentada como sua pupila, mesmo com as semelhanças físicas que tinha com o pai. Ainda que não reconhecida, era amada e feliz. Entretanto, quando o Conde Richard Gunningworth se casa, a menina começa a ser maltratada pela madrasta Aramita e suas filhas Rosamund e Posy. Com a morte do conde sua situação piora e só não é expulsa de casa no mesmo instante pela madrasta pois no testamento há uma cláusula que se for mantida na casa, o dinheiro a receber para despesas será maior. Ao se ver obrigada a manter a bastarda do marido na casa, Aramita a transforma em criada.
No dia seguinte ao baile, Benedict procura desesperadamente por Londres sua dama misteriosa, o que, somada a outra pista, dá a certeza a madrasta má da desobediência de Sophie ao comparecer à festa, o que resulta na sua expulsão da casa que sempre viveu. Sem teto, se muda para o interior e continua a trabalhar como criada. Três anos após a noite mais feliz de sua vida, durante uma festa na casa em que trabalha, eis que Benedict surge e a salva de ser abusada por alguns jovens bêbados e sem escrúpulos. Apesar da felicidade em rever o jovem que amou, ele não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, obrigados a passar um tempo juntos, a jovem bonita, inteligente e gentil arrebata o coração desse Bridgerton pela segunda vez e ele se vê dividido entre as lembranças e a realidade.
Nesse livro vemos claramente as regras rigorosas e machistas da época. Benedict, um jovem bonito e bem nascido, importante na sociedade londrina se vê dividido entre o coração e a razão. Uma criada nunca poderá se tornar sua esposa, por mais apaixonado que esteja. Ele a ajuda, dando um emprego na casa de sua mãe e tenta convencer Sophie a ser sua amante, já que nunca poderá ser sua esposa.
Entretanto, Sophie sabe o que é ser uma filha bastarda e todas as complicações que isso implica e prometeu para si mesma que nunca geraria um filho para sofrer o que sofreu, tornando o amor dos sonhos simplesmente impossível. Ela tem ciência que sempre seria considerada um escória, apesar da linhagem nobre.
Como nos livros anteriores a autora consegue descrever muito bem os detalhes da época, nos dando um ótima visão sobre o que acontece. Somado a isso, a narrativa em terceira pessoa nos torna conscientes de tudo que acontece na vida desse casal, até mesmo seus pensamentos. Para completar temos a querida (as vezes nem tanto) Lady Whistledown e a crônica da sociedade londrina com seus pequenos spoilers no início dos capítulos para tornar ainda mais difícil deixar a leitura para depois.
Só não concordo com o título. Sei que é difícil comparar a sociedade que vivemos hoje (que ainda precisa evoluir muito) com a sociedade retratada, o que talvez justifique a qualidade dada ao nosso querido personagem, mas não consigo concordar com um homem que seduz e de todas as formas possíveis tenta manter a mulher que ama escondida como sua amante, apesar de todo o histórico de vida da jovem, como um perfeito cavalheiro. Apesar disso é sim um jovem que aprende muito no decorrer da história e um livro que mostra a importância do apoio da família.
Mais uma história para rir, chorar, suspirar e se divertir.
Título: Um perfeito cavalheiro
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Série: Os Bridgertons #3
Sinopse: "Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse parece um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, ela é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, porém, ela consegue entrar às escondidas no aguardado baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois. Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica."
O DUQUE E EU • O VISCONDE QUE ME AMAVA • UM PERFEITO CAVALHEIRO • OS SEGREDOS DE COLIN BRIDGERTON • PARA SIR PHILLIP, COM AMOR • O CONDE ENFEITIÇADO • UM BEIJO INESQUECÍVEL • A CAMINHO DO ALTAR • E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE
Oi!!!
ResponderExcluirJulia Quinn é a minha queridinha de todos os tempos, e eu amo tanto essa série; essa família. Deu até vontade de reler rsrs
Terminei o primeiro livro da trilogia Bevelstoke, e o "mocinho" me tirou do sério, juro, ele é muito "pior" que Benedict.
Beijinhos!!!
A Culpa é dos Leitores
Oiê, tudo bem?
ExcluirTenho um carinho todo especial por essa série também, foi meu primeiro contato com os romances de época e me apaixonei perdidamente.
Ainda não li a trilogia e, apesar da raiva, sei que preciso conferir haha
Beijo!!
Oi Ray!
ResponderExcluirAdoro a série Os Bridgertons. A Sophie é uma personagem que amo, sofri junto com ela... e realmente ficou bem nítido a sociedade machista. E o que falar de Lady Whistledown? melhor pessoa. kkk
Beijos
www.lendoeapreciando.com
Oi Kamilla!!
ExcluirNem fala, sem dúvida Lady Whistledown é a melhor pessoa. Amo!!
Beijo!!
OLá :)
ResponderExcluirVejo que os títulos em Portugal são diferentes dos vossos. O terceiro volume dos Bridgerton, cá, chama-se "Amor & Enganos" e, será o próximo volume, também para mim, a ler desta série que estou a gostar muito :)
Beijinhos
http://tudosoblinhas.blogspot.com
Olá Ana!!
ExcluirComo eu li todos ainda quando morava no Brasil, eu não me prendi muitos nos títulos aqui em Portugal mas reparei que os títulos e capas são realmente bem diferentes.
Aqui já lançaram todos?
Beijo!!