Olá amores, como estão?

Tem tempo que não apareço por aqui, e ainda mais tempo que não sai uma resenha. Não tenho lido muito mas tem muita resenha para ser postada, só me falta a organização. Dicas?

Agora, vamos ao que interessa, a resenha...

Que amo um romance de época não é novidade. Quando me emprestaram este livro, considerando esse meu gosto, julguei (e não me orgulho). A sinopse era interessante mas a capa não me atraiu, e por isso ficou alguns meses parado na estante. Até que peguei e não larguei até terminar.

Michael é órfão e cresceu na rua em meio a miséria e a solidão. Com sua inteligência, mas não da forma mais honesta, se tornou um homem rico e poderoso. Dono de um clube de jogos, se considera o dono do bairro. Um bairro degradante, por sinal.

É assim que seu caminho se cruza com Magdalena Wells, mais conhecida como Maggie. Ela cresceu no campo, tinha uma vida estável, até que uma decepção amorosa acaba com seus sonhos. Ainda jovem decide se mudar para Londres e ajudar a administrar uma obra de caridade.

Maggie não tem medo de Michael. Pelo contrário, a atração entre ambos é clara! Entretanto o romance não é imediato. O cunhado de Maggie perdeu tudo no jogo para Michael e ela acaba intermediando uma negociação.

Vários foram os pontos que me envolveram nesta leitura. Primeiro por termos um casal maduro e fortalecido por suas tragédias pessoais. Ela é uma solteirona que ainda se preocupa com a imagem mas que não deixa de ser dona de si e de seus desejos. Ele é considerado perigoso mas ainda sofre com fragmentos de lembranças sobre seu abandono e sonha secretamente em constituir uma família.

Outro ponto que me agradou bastante é mostrar lado pobre dos romances de época. Ainda temos momentos com a nobreza, mas não são o foco principal.

Agora, o que mais me agradou foi realmente ver o crescimento pessoal de ambos. O casal cresceu individualmente primeiro. Tiveram que aceitar e corrigir suas falhas e medos até que pudesse se dar a oportunidade de realmente dividir isso como um todo.

A narrativa em terceira pessoa foi fundamental para entender a história completa, não só o romance. Logo no prólogo, é introduzida a história de como se desintegra a família de Michel. A história é bem pontuada no decorrer do livro, quando somos apresentados aos fatos e também aos irmãos dele.

O único problema, para mim, foi o destaque que o casal Rebecca e Ramsey ganha no decorrer da leitura. Uma história paralela, com pontos de ligação, mas que se estendeu mais do que o necessário.

Título: A dama e o vagabundo
Autor: Cheryl Holt
Editora: Quinta Essência
Páginas: 432