Olá amores, como estão?
Preparados para a resenha de mais um romance de época? Não dá nem para esconder mais que tem sido meu gênero favorito nos últimos tempos. Tanto que li esse livro da Editora Charme (Kindle Unlimited, amo você!) e não aguentei esperar, estou lendo a continuação nas edições de Portugal, que já está com a série completa publicada.
Quando Humphrey Westcott morre, deixa uma fortuna de herança para a esposa e os três filhos, o título de Conde de Riverdale para seu filho Harry e um segredo que pode mudar a vida de todos.
"Ele é um homem de estatura abaixo da média, é indolente e se veste de maneira mais extravagante do que qualquer outra pessoa e tem afetações, principalmente as caixas de rapé e os monóculos, que mudam para combinar com cada roupa. Mas ele é perigoso. E eu estou noiva dele."
Avery Archer é baixo, com traços femininos e afetações, mas é o Duque de Netherby. E sabe impor sua presença mesmo fora dos padrões masculinos de beleza (pelo menos dos literários). Com todo seu poder, e um envolvimento indireto com os Westcott, já que sua madrasta era irmã de Humphrey, fica responsável pela tutela do Conde e de resolver um problema a pedido da viúva.
Ela sabia sobre a contribuição financeira feita pelo marido a uma bastarda e o encarrega de uma nova e última contribuição.
Para surpresa de todos, dias depois, o advogado convoca toda a família para uma nova reunião e lá aparece uma jovem simples e mal vestida, pelo menos na visão deles. Entretanto, ela sim é a verdadeira herdeira de todo o dinheiro e propriedades dos Westcott.
"A vida é cheia de nuvens, mas elas todas têm um contorno dourado. Você só precisa esperar o sol sair novamente. Ele sai. Ele sempre sai."
Anna Snow chegou ao orfanato em Bath ainda criança e nunca mais saiu dele. Adulta, se tornou a adorável professora das crianças. Até uma carta de convocação a Londres, sem nenhuma explicação adicional, a tirar de sua zona de conforto e mudar completamente sua vida.
Não vou estragar a surpresa e contar como ela passa de órfã a única filha legítima (por mais clichê que seja, a curiosidade funcionou bem comigo e quero que funcione com vocês também), mas isso acontece e é a partir daí que a história se desenrola.
"Não se pode viver de um dia para o outro sem mudar. É a natureza da vida. Pequenas escolhas sempre são necessárias, mesmo quando as grandes não aparecem. Vou mudar o que escolher mudar e reter o que escolher. Vou até ouvir conselhos, pois é tolice não o fazer, desde que o conselheiro tenha algo de valor a dizer. Mas não vou escolher entre Anna e Lady Anastasia, pois sou as duas. Eu apenas tenho que decidir, uma escolha de cada vez, como vou de alguma forma reconciliar as duas sem rejeitar nenhuma delas."
Avery se propõe a ajudar Lady Anastacia Westcott na transição, e como esperado, esse contato faz com que eles se apaixonem mesmo com todas as diferenças.
Ela gosta da simplicidade, não faz questão do luxo e conversa com os empregados da casa. O orfanato foi seu único lar por praticamente toda a sua vida. Talvez por isso a mulher forte e determinada tem nos irmãos seu ponto fraco. É quando ela se torna vulnerável.
"Havia descoberto recentemente que era uma das mulheres mais ricas da Inglaterra e estava entristecida porque a família significava mais para ela do que as riquezas. Ela nunca conhecera nenhum dos dois - família ou dinheiro - e família significava mais."
Os personagens são muito bem desenvolvidos, até os secundários (como uma boa introdução para os próximos livros da série). De origens diferentes, cada um com seus traumas e suas dificuldades, mas diretos quando se trata dos sentimentos. Eu particularmente, adoro isso nos livros.
Então a leitura foi perfeita? Não. Mas foi maravilhosa! Como em qualquer gênero, o romance de época tem seu estilo e seus clichês, mas cada autor tem suas características de destaque. Esta é a segunda série que leio da Mary Balogh e consigo identificar um padrão de personagens mais maduros e também de uma certa monotonia.
Essa monotonia se faz presente nesta leitura também. Após o casamento, sem saberem muito como agir, é o que acontece (ou não acontece). Entretanto, apesar de cansar o leitor, foi importante para despir os personagens e auxiliar no desenvolvimento de ambos.
Então sim, é um clichê leve e doce, com seus altos e baixos, tanto na história em si quanto em relação aos personagens, mas que satisfaz o leitor que, como eu, adora um romance mais maduro e direto.
Autor: Mary Balogh
Editora: Charme
Páginas: 420
Série: Westcott #1
Onde comprar: Amazon, Bertrand, Wook
Amei a resenha. Nunca li nada da Mary e essa história parece ser bem leve e boa.
ResponderExcluirbeijos
https://www.dearlytay.com.br/
Olá Tay,
ExcluirÉ leve sim e uma delícia de ler. Se gosta de romances de época vai fundo que deve gostar desse também.
Beijo!
www.amorpelaspaginas.com
Oie, romance de época tem sido um gênero que tenho tentado ler mais. Já quero ler algo da autora.
ResponderExcluirBjs
Imersão Literária
Olá Leyanne,
ExcluirEu amo o gênero e acabo lendo muito do tipo, e ela tem um estilo mais realista e detalhado. É diferente e interessante.
Beijo!
www.amorpelaspaginas.com
Vou guardar a sugestão.
ResponderExcluirIsabel Sá
Brilhos da Moda
Olá Isa,
ExcluirEspero que a leitura agrade, caso dê uma chance.
Beijo!
Oi Ray, tudo bem?
ResponderExcluirEstou bem afastada dos romances de época, cheguei em uma fase que eles pareciam mais do mesmo e resolvi dar uma respirada. Engraçado que ainda não li nada da Mary Balogh, minha mãe tem uns livros dela aqui em casa, vou ver se tem esse!
beeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Olá Ale,
ExcluirEu amo romances de época, mas não dá para negar que é difícil ver grandes inovações que os façam ser diferentes em um geral. A Mary tem um estilo bem próprio que no primeiro livro que li estranhei mas depois amei.
Espera seu momento e se arrisca, vai que te agrade também.
Beijo!